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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fundamentos da Agricultura Orgânica


Agricultura orgânica é o sistema de manejo sustentável da unidade de produção com enfoque sistêmico que privilegia a preservação ambiental, a agrobiodiversidade, os ciclos biogeoquímicos e a qualidade de vida humana.
A agricultura orgânica aplica os conhecimentos da ecologia no manejo da unidade de produção, baseada numa visão holística da unidade de produção. Isto significa que o todo é mais do que os diferentes elementos que o compõem. Na agricultura orgânica, a unidade de produção é tratada como um organismo integrado com a flora e a fauna.
Portanto, é muito mais do que uma troca de insumos químicos por insumos orgânicos/biológicos/ecológicos. Assim o manejo orgânico privilegia o uso eficiente dos recursos naturais não renováveis, aliado ao melhor aproveitamento dos recursos naturais renováveis e dos processos biológicos, à manutenção da biodiversidade, à preservação ambiental, ao desenvolvimento econômico, bem como, à qualidade de vida humana.
A agricultura orgânica fundamenta-se em princípios agroecológicos e de conservação de recursos naturais. O primeiro e principal deles, é o do RESPEITO À NATUREZA. O agricultor deve ter em mente que a dependência de recursos não renováveis e as próprias limitações da natureza devem ser reconhecidas, sendo a ciclagem de resíduos orgânicos de grande importância no processo. O segundo princípio é o da DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS que propicia uma maior abundância e diversidade de inimigos naturais. Estes tendem a ser polífagos e se beneficiam da existência de maior número de hospedeiros e presas alternativas em ambientes heterogêneos (Risch et al, 1983; Liebman, 1996). A diversificação espacial, por sua vez, permite estabelecer barreiras físicas que dificultam a migração de insetos e alteram seus mecanismos de orientação, como no caso de espécies vegetais aromáticas e de porte elevado (Venegas, 1996). A biodiversidade é, por conseguinte, um elemento-chave da tão desejada sustentabilidade. Outro princípio básico muito importante da agricultura orgânica é o de que o SOLO É UM ORGANISMO VIVO. Desse modo o manejo do solo privilegia práticas que garantam um fornecimento constante de matéria orgânica, através do uso de adubos verdes, cobertura morta e aplicação de composto orgânico que são práticas indispensáveis para estimular os componentes vivos e favorecer os processos biológicos fundamentais para a construção da fertilidade do solo no sentido mais amplo. O quarto e último princípio é o da INDEPENDÊNCIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO em relação a insumos agroindustriais adquiridos altamente dependentes de energia fóssil que oneram os custos e comprometem a sustentabilidade.
Na agricultura orgânica os processos biológicos substituem os insumos tecnológicos. Por exemplo, as práticas monoculturais apoiadas no uso intensivo de fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos da agricultura convencional são substituídas na agricultura orgânica pela rotação de culturas, diversificação, uso de bordaduras, consórcios, entre outras práticas. A baixa diversidade dos sistemas agrícolas convencionais os torna biologicamente instáveis, sendo o que fundamenta ecologicamente o surgimento de pragas e agentes de doenças, em nível de danos econômicos (USDA, 1984; Montecinos, 1996; Pérez & Pozo, 1996). O controle de pragas e agentes de doenças e mesmo das plantas invasoras (na agricultura orgânica essas espécies são consideradas plantas espontâneas) é fundamentalmente preventivo.

Fonte:http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Cafe/CafeOrganico_2ed/fundamentos.htm

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Agronomia é muito mais do que solo e grãos

Além das matérias básicas como química, física e fisiologia do solo, um graduando em Agronomia estuda assuntos como economia, construções rurais e sociologia

Cursar Agronomia vai muito além do lidar com o solo e com a terra. Segundo o coordenador do curso de Agronomia da UnB (Universidade de Brasília), José Ricardo Peixoto, o agrônomo é um profissional bastante eclético. "A habilidade do agrônomo é, de uma forma geral, muito ampla, pois trabalha com a interação dos três reinos: animal, vegetal e mineral".

As matérias vão desde química orgânica, genética e sociologia, chegando até a matemática e introdução à economia. Segundo o professor, o curso também tem disciplinas voltadas à área ornamental, como parques e jardins, além das culturas de soja, feijão, frutas e hortaliças, que são os pontos fortes do nosso país e, conseqüentemente, fazem parte do dia-a-dia da profissão.

O mercado de trabalho reserva boas oportunidades com a expansão do agronegócio no país. Mas, além disso, o agrônomo tem ainda outros campos de atuação. "Dentro da Agronomia há universidades que trabalham com ensino, pesquisa e extensão. Existem também os órgãos de pesquisa estaduais, como o Instituto Agrônomo de Campinas, e o grande órgão federal que é a Embrapa", explica o coordenador da UnB. Na área de produção, é grande a quantidade de empresas que trabalham com profissionais desta formação, especialmente aquelas que fabricam defensivos, adubos e insumos. "É um mercado que absorve muitos destes profissionais", comenta Peixoto.
As oportunidades ainda aparecem na produção por conta própria e também na docência. "O profissional pode fazer mestrado e doutorado e depois engressar na carreira de ensino nas universidades. Neste caso, ele também vai trabalhar com pesquisa e extensão", diz.

Fonte: http://www.universia.com.br/preuniversitario/materia.jsp?materia=5278