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terça-feira, 29 de março de 2011

APICULTURA ORGÂNICA

     
  A apicultura é uma importante atividade que contribui para a proteção do meio ambiente e para a produção agro-florestal através da ação polinizadora das abelhas. A qualificação de produtos apícolas orgânicos está diretamente relacionada às características de tratamento das colmeias e ao respeito ao meio ambiente. Esta qualificação depende também das condições de extração, processamento e armazenagem dos produtos apícolas.

As colmeias devem ser construídas com materiais naturais que não comportem riscos de contaminação ao meio ambiente ou aos produtos da apicultura e devem estar localizadas em áreas também consideradas orgânicas, ou seja, áreas isentas de pesticidas e distantes de qualquer tipo de construção humana que possa afetar a produção apícola, como estações de tratamento de esgoto, usinas, fábricas de produtos químicos, centros industriais, etc.

As abelhas devem contar com fontes suficientes de néctar natural e pólen, bem como acesso à água e não podem ser alimentadas artificialmente com açúcar ou melado. Prática muito comum entre os apiários convencionais para o aumento da produção melífera, uma vez que uma abelha produz aproximadamente apenas de 5g de mel por ano. Caso as abelhas adoeçam, estas deverão ser isoladas e não poderão ser tratadas com nenhum tipo de antibiótico ou produto químico. Todos os materiais utilizados, desde o manejo das colmeias até os produtos finais, devem ser de aço inox, cobertos com cera, ou feitos de materiais atóxicos.

Dessa forma, o certificado orgânico é a verdadeira garantia na qualidade dos produtos apícolas. Que além de um controle oficial, assegura também a origem do produto e a rastreabilidade da cadeia produtiva e nacional. 


quarta-feira, 23 de março de 2011

Produção Orgânica de Leite - Qualidade e Segurança Alimentar


A PRODUÇÃO ORGÂNICA DE LEITE

     A produção de alimentos orgânicos é uma demanda atual da sociedade. O consumidor deseja alimentos de qualidade, a preço justo, saudáveis do ponto de vista sanitário (livres de zoonoses, como a brucelose, tuberculose, etc.), isentos de resíduos químicos e biológicos (antibióticos, vermífugos, hormônios, príons, etc.) e produzidos com menor uso de insumos sintéticos. Além do mais, existe a preocupação com a conservação do meio ambiente e a biodiversidade, com a geração de empregos no campo, diminuindo o êxodo rural, assim como, com o bem estar animal.
  No estado do Rio de Janeiro o consumo de leite convencional é de dois bilhões/litros/ano, enquanto a produção é de cerca de 500 milhões de litros, posicionando o estado no 9º lugar na produção nacional. A Região Centro-Sul produziu no ano passado cerca de 50 milhões de litros de leite, sendo o destaque o município de Vassouras, responsável por cerca de 12 milhões de litros. Já no sul do estado, Valença foi o município de maior produção, com aproximadamente 37 milhões de litros de leite. Essas duas regiões produzem juntas 37% do total e congregam 4.300 produtores (IBGE, 2005).
  Há, portanto um grande mercado à espera de produção, entretanto a atividade leiteira fluminense alcança o seu segundo ano de recuperação de rentabilidade devido principalmente a quebra da Parmalat internacional do mercado, além da política macroeconômica brasileira. Por outro lado, existem algumas perspectivas, como a política de reestruturação da cadeia leiteira, os incentivos fiscais concedidos pela Lei 4.177, além da reabertura da CCPL, que poderão com certeza proporcionar ao setor uma situação mais confortável com possíveis ampliacões para outras regiões do estado.
  Neste contexto, surge a produção orgânica de leite, um modelo de produção que tem em sua essência a simplicidade e a harmonia com a natureza, sem deixar de lado a produtividade e a rentabilidade, sendo considerada uma alternativa para o produtor de Estado do Rio de Janeiro e de outros estados preocupados com a qualidade com rentabilidade. Mesmo esta atividade ser ainda incipiente na região, estimativas da FAO indicam que o segmento de produtos orgânicos deverá aumentar sua percentagem do total das vendas de alimentos nos países industrializados em até 30%, em função de que parcela significativa dos consumidores, principalmente de grandes centros urbanos, está disposta a pagar um adicional pelos produtos orgânicos.
  No Brasil isto também se evidencia, pesquisas recentes mostram que o consumidor, principalmente do sudeste, está disposto a pagar até 60% a mais pelo leite orgânico comparado ao convencional, no entanto isto ainda não seria o necessário, pois outro estudo mostrou que o preço do leite orgânico ao produtor tem que custar até 70% a mais do valor praticado pelo convencional para ser viável economicamente.
  Contudo, apesar de constituir um subnicho do mercado que cresce 10 % ao ano no País, a produção orgânica de leite pode ser uma das alternativas para o produtor fluminense que poderá produzir um produto livre de resíduos, com maior valor agregado e que embora atenda um pequeno mercado, este é composto de consumidores dispostos a pagar a mais pelo produto.
  Contudo, é preciso observar que um sistema orgânico de produção de leite não é obtido somente com a troca de insumos sintéticos por insumos orgânico-biológicos/ecológicos. O Ministério da Agricultura e do Abastecimento estabelece também uma série de procedimentos para que o leite de uma unidade de produção seja considerado orgânico. Estes procedimentos regulamentam a alimentação do rebanho, instalações e manejo, escolha de animais, sanidade e até o processamento e empacotamento do produto e estào duplamente regulamentados pois obedecem a Lei 10831 (Brasil, 2003) para a produçào orgânica além da instruçào normativa- IN 51 (Brasil, 2002) que preve entre outros sua distribuição e resfriamento adequado.
  No que diz respeito à alimentação, a dieta deve ser equilibrada e suprir todas as necessidades dos animais. Para os ruminantes, o consórcio de gramíneas e leguminosas na pastagem é recomendado e é exigida a diversificação de espécies vegetais.      Sugere-se a implantação de sistemas silvipastoris, nos quais árvores e arbustos estejam associados a pastagens, ou ainda sistemas rotativos alternando-se pastejos e lavouras. Incentiva-se também a introdução de bancos de proteínas e cercas vivas.
  Os suplementos devem ser isentos de antibióticos, hormônios e vermífugos. São proibidos aditivos, promotores de crescimento, estimulantes de apetite, uréia, etc. As características de comportamento de cada espécie a ser explorada devem ser consideradas. Para preservar a saúde dos animais, as recomendações são de que sejam utilizados tratamentos alternativos, como homeopatia, fitoterapia, acupuntura, etc. Os produtores devem ainda estar atentos ao processo de lavagem e desinfecção dos utensílios com emprego de produtos químicos.
  Contudo nada é mais importante que a qualidade do produto e questões relacionadas a segurança alimentar que afeta principalmente o consumidor que nestes últimos meses vem sofrendo com adulteração do leite convencional distribuídos por empresas tradicionais brasileiras. Neste tocante os princípios da produção orgânica de leite como a não utilização de antibióticos, mas o uso de medicamentos a base de fitoterapia e homeopatia, alimentação livre do cultivo com adubos químicos convencionais, além de utilização de todos a maior parte das fontes alimentares serem de origem orgânica e da própria unidade produtiva, garantem a não contaminação do leite desde a sua produção até seu empacotamento, processos que atendem a demanda da sociedade por alimentos de qualidade e de integridade garantida.
  Ë imprescindível se ter em mente que os sistemas de produção orgânicos envolvem uma visão holística da gestão da unidade de produção, em que animais e vegetais tem importância ecológica para o funcionamento desses sistemas, contribuindo para a redução do impacto ambiental, distribuição equitativa dos lucros e viabilidade produtiva. Essas relações necessitam de entendimento científico que permita multiplicar as experiências em diferentes agroecossistemas. Neste contexto viemos trabalhando com um conjunto de instituições preocupadas com o futuro do planeta e para isso com o alimento que estamos produzindo.

                                         João Paulo Guimarães Soares - Pesquisador - Embrapa Agrobiologia

sábado, 12 de março de 2011

MEIO AMBIENTE !!!!!!!!!!!!!

A água nossa de cada dia preservai hoje


A cada dia aumenta a freqüência de noticias e preocupações em relação ao meio ambiente: queimadas, poluição do ar, desmatamentos, destruição de florestas e principalmente fatos relacionados à água como : poluição por esgoto doméstico, vazamentos de óleo, resíduos industriais e agroquímicos, assoreamento de rios devido a desmatamentos clandestinos e destruição de matas ciliares, causando aumento da ocorrência e da gravidade das enchentes, reservatórios destinados ao abastecimento das populações com cada vez menor quantidade e qualidade de água disponível.
Juntamente com o aumento da quantidade destas noticias, cresce a preocupação com a disponibilidade desta água para um futuro bastante próximo. Esta mesma água, que até a bem pouco tempo era tratada com o descaso de um recurso natural que seria renovável e inesgotável, hoje esta recebendo a importância que lhe é devida, por ser um recurso essencial à vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem estar social e que não pode continuar sendo utilizada de forma indiscriminada como até hoje. Existem previsões de que se houver uma terceira guerra mundial, esta seria pela disputa da água. Por que? De onde vem toda essa preocupação se dois terços da Terra são formados pela água? Na verdade menos de 1% de toda essa água existente esta disponível, já que apenas 2,68% desta é doce, e existe uma demanda mundial crescente pelo seu uso. A população do planeta levou 1 milhão de anos para chegar a 3 bilhões de habitantes e apenas 40 anos para dobrar esse numero. A previsão é de que em 2050 deverá atingir 9 bilhões de habitantes.
O consumo de água cresceu 7 vezes no século XX. Nos últimos 50 anos, o consumo passou de 1 trilhão para 4 trilhões de litros por dia e  esse consumo dobra a cada 20 anos.
Na divisão do consumo, a agricultura é responsável por 65% do gasto total de água, a indústria por 25% e o uso doméstico por 10%. Juntamente com a disponibilidade de água e o aumento da população, devemos considerar também a porcentagem de terras cultiváveis no mundo (que é de 11%), pois é nessas terras que terão que ser produzidos os alimentos para essa crescente população mundial. A China, por exemplo, tem 22% da população mundial e apenas 7% das terras cultiváveis do planeta, o que a torna um país com forte tendência de importação de alimentos. A única região com potencial de uso de água e terras excedentes é a América do Sul, onde o Brasil tem 53% da água disponível do total latino-americano e 12% do total mundial.

Por outro lado, a escassez de água, tanto em termos de qualidade (devido à poluição) quanto de quantidade (gerando conflito entre os usuários), já é uma realidade para um terço da população mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 25 mil crianças de 0 a 5 anos morrem diariamente em todo mundo por causa de água contaminada. No Brasil, esse número é de 21 mil crianças todo ano. Essa escassez já fez aumentar a necessidade de importação de alimentos de vários países da Ásia. Mas essa não é uma realidade apenas em países muito distantes, pois na região de Guaíra, no interior do Estado de São Paulo, que já possuiu uma das maiores concentrações de áreas irrigadas do País, a falta de planejamento e de critérios para o uso da água gerou vários conflitos entre os irrigantes em razão da escassez da água. Muitos deles chegaram até a abandonar a atividade ou transferi-la para outras localidades.
Prevê-se que, se não houver uma mudança rápida e efetiva na política mundial da água, até o ano 2025 dois terços da população mundial sofrerão com a escassez desse importante recurso natural. Todos tem sua parcela de contribuição a oferecer; a população em geral, evitando o desperdício; as industrias, com o tratamento de seus resíduos antes de lançá-los nos rios; as administrações públicas, com tratamento de esgotos urbanos e saneamento básico; os agricultores, com o uso correto de agroquímicos e com a preservação de nascentes, mananciais e matas ciliares; e os profissionais que atuam em todas as áreas que possam ter alguma relação com o meio ambiente, oferecendo orientação e educação ambiental, despertando nas pessoas a conscientização para assuntos relacionados à preservação da vida em nosso planeta, que depende diretamente da existência e da preservação da qualidade da água.
                                                                                                                                      Evandro Nei Oliver.



terça-feira, 1 de março de 2011

SISTEMA AGROFLORESTAL

 Sistema Agroflorestal (SAF), também conhecido como agrofloresta compreende num sistema que alia culturas agrícolas com culturas florestais provenientes da agrossilvicultura.

Foto: Gustavo Porpino (Embrapa)
O SAF utiliza a sucessão natural da flora nativa para fortalecimento do terreno em que se pratica o trabalhoagrícola. O Sistema Agroflorestal utiliza técnicas tradicionais de antigos povos de várias regiões do mundo, acrescentando pesquisas, implementação científica de técnicas provenientes da “ecofisiologia” de espécies vegetais com a fauna nativa.
Não compreende numa reconstrução da mata nativa, mas uma mescla de espécies nativas com espécies de interesse econômico num processo de reprodução em espaço e tempo seguindo a sucessão ecológica em áreas novas e antes deterioradas. O Sistema Agroflorestal exige conhecimento e pesquisa sobre o solo, fauna, flora, ecofisiologia, sucessão ecológica e fitossanidade de uma determinada área.
É uma forma de produção sustentável perante a demanda de grande exploração exercida por produtores em áreas florestais que não fazem o uso de técnicas adequadas. O SAF proporciona um retorno a longo prazo, introduz espécies nativas, posteriormente espécies frutíferas semi-perenes, perenes e madeiráveis e consonância com a fauna da região.
A partir dos anos 90, por meio de projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Ministério da Agicultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil passou a contar com centros de pesquisa em Sistemas Agroflorestais na Amazônia.
Em Roraima, foi possível encontrar soluções locais para a produção rural por meio de dois sistemas distintos, o agrosilvicultural (ASC) e o agrosilvipastoril (ASP), que seguem dois níveis de adubação (baixo e alto insumo). Nesse estado, a Embrapa, a partir de 1999, iniciou um trabalho de implantação e acompanhamentos dos SAF instalados.
As áreas beneficiadas foram as propriedades localizadas na Vila do Apiaú, em Mucajaí. As ações da Embrapa visam melhorar as condições econômicas, sociais e ambientais do produtores e, consequentemente, das comunidades e do meio.
Para a Embrapa, os Sistemas Agroflorestais significam trabalho e desenvolvimento rural sustentável, por permitir a implementação de projetos em áreas agrícolas antes degradadas sem aproveitamento eficaz, os SAF´s reduz o desmatamento de novas áreas de mata virgem.
Permite a diversificação de produtos agrícolas, eleva a rentabilidade e gera serviço socioambiental por meio de créditos ambientais para a propriedade agrícola. Leia a seguir os tipos de Sistemas Agroflorestais:
Sistemas de agrossilvicultura
Trabalho em que se combina árvores e cultivo agrícola anual.
Sistemas agrossilvipastoris
Trabalho em que se alia cultivo agrícola com pastagem de animais.
- Sistemas silvipastoris
Combinação de árvores e pastagem.

Fonte:http://www.infoescola.com/desenvolvimento-sustentavel/sistema-agroflorestal/