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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lei poderá regulamentar oferta de alimentos saudáveis nas escolas

Frutas, legumes e verduras poderão fazer parte da dieta das cantinas escolares

  Até então tratada por meio de portaria interministerial, a questão da qualidade dos alimentos oferecidos em refeitórios e cantinas escolares poderá ser regulada em lei. Projeto aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na última quarta-feira (13), estabelece diretrizes para uma alimentação saudável tanto nas redes públicas como nos estabelecimentos privados. Além de restringir a oferta e a venda de alimentos com alto teor de gordura, açúcar e sal aos estudantes, as escolas devem incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras.
  Apresentada na legislatura passada pelo ex- senador Sérgio Zambiasi, do Rio Grande do Sul, o projeto (PLS 225/10) praticamente transpõe o conteúdo da Portaria Interministerial nº 1010, de 2006, editada pelos Ministérios da Saúde e da Educação. Para a relatora, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), é importante conferir força de lei ao tema. Por serem atos administrativos, as portarias só possuem natureza impositiva quando editadas para regulamentar lei ou decreto.
  A palavra final sobre o projeto será da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde haverá decisão terminativa. Depois, a matéria precisará passar pela Câmara dos Deputados para virar lei.
Missão
  Assim como o autor da proposta, Lúcia Vânia argumenta que a escola tem a missão de promover a saúde e contribuir para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis. Nas últimas décadas, observou, a obesidade e as doenças crônicas associadas vêm aumentando de forma acentuada em todo o mundo, atingindo cada vez mais os jovens, inclusive no Brasil.
  A estratégia para introduzir alimentos benéficos à saúde no cardápio escolar deverá se valer, entre outros, dos seguintes procedimentos: preservação de hábitos alimentares regionais e nacionais; estímulo às hortas escolares para a realização de atividades com os alunos e a utilização dos alimentos colhidos na própria escola; incentivo a boas práticas de manipulação e preparo dos alimentos no ambiente escolar; e ainda a restrição à preparação e à venda de produtos com alto teor de gorduras e açucares.
  Além disso, por reconhecer que o sucesso de iniciativas destinadas à promoção de uma alimentação saudável depende do envolvimento de toda comunidade, o projeto sugere ainda que as famílias sejam estimuladas a adotar novos hábitos alimentares.
Distúrbios
  Sensibilizada com sugestões apresentadas pelo ex-senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que tem formação médica, a relatora incluiu emendas para obrigar as escolas a avaliarem estratégias para melhorar a qualidade da alimentação do aluno com disfunção metabólica ou endócrina e implantar programa de alimentação para atender às necessidades específicas desses estudantes.

Por Gorette Brandão e Simone Franco / Agência Senado

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O VENENO NO PÃO NOSSO DE CADA DIA


O Brasil é líder mundial no uso de agrotóxico. As empresas transnacionais comemoram, enquanto o prejuízo fica para os trabalhadores rurais e os consumidores. 
   Do lado esquerdo da estrada de terra vermelha, uma cerca viva impede a visão da fazenda. Do lado direito, é diferente: é possível ver o pomar repleto de árvores de laranja, embora a maioria não dê mais frutos. A época da colheita já passou, foi em agosto. Estamos em outubro. Mais alguns metros percorridos de carro pela estrada da área rural do município de Lucianópolis, interior paulista, ouve-se um som vindo por detrás do pomar. Parece o ronco de um motor. Descemos do carro e cruzamos o limite da fazenda. O som se aproxima. Primeiro quarteirão, nada, segundo, terceiro, quarto. Lá pelo quinto quarteirão de árvores o barulho fica forte e avistamos o trator vermelho, pilotado por um homem que pulveriza um produto no laranjal. É Luiz Andrade de Souza, que trabalha e mora com a família na fazenda. Ele trabalha sem nenhum Equipamento de Proteção Individual – EPI, dispositivo exigido pela legislação do Ministério do Trabalho para a aplicação de defensivos agrícolas.
   Luiz Andrade é uma vítima potencial de problemas de saúde decorrentes da manipulação dos agrotóxicos. De acordo com dados divulgados no começo de novembro pelo Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve, em 2006, pelo menos 25.008 casos de intoxicação de agricultores. Os dados também indicam que herbicidas, fungicidas e inseticidas foram usados em 1,396 milhão de fazendas.
   A pesquisa mostra que mais de 1,5 milhão, das 5,2 milhões de propriedades rurais do país, utiliza agrotóxicos. E que 56% destas não recebem orientação técnica. A aplicação manual dos venenos, por meio do pulverizador costal – que é o equipamento que apresenta maior potencial de exposição aos agrotóxicos – é a mais utilizada, presente em 70,7% dos estabelecimentos agrícolas que fazem uso de algum tipo de defensivo. O Censo aponta também que 20% (296 mil) destas propriedades não utilizam proteção individual. O Rio Grande do Sul é o Estado que mais aplica agrotóxicos, com 273 mil propriedades. 

Campeão mundial
  Tal cenário é do país que, em 2008, foi “consagrado” com o título de campeão mundial de uso de agrotóxicos. Foram 673.862 toneladas de defensivos, o equivalente a cerca de 4 quilos por habitante. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Defesa Vegetal (Sindag), o faturamento da indústria química no ano passado no Brasil foi de US$ 7,125 bilhões, valor superior aos US$ 6,6 bilhões do mesmo setor dos Estados Unidos. Atreladas ao tamanho da área plantada, as maiores aplicações se deram nas culturas de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e cítricos.
  De acordo com Gabriel Fernandes, da organização não governamental Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), tais números deveriam servir “como um grande sinal de alerta que indica a falência do modelo agrícola das monoculturas. Quanto mais veneno se usa, maior será o desequilíbrio ambiental. E quanto maior o desequilíbrio ambiental, mais veneno se usa”.
  As conseqüências do uso dos agrotóxicos são inúmeras: coloca-se a saúde dos trabalhadores e consumidores em risco, e se contaminam o solo e a água. No caso da saúde dos trabalhadores, os riscos variam de acordo com tempo e dose da exposição a diferentes produtos. Assim, os efeitos podem ser agudos ou crônicos. O principal efeito agudo são intoxicações, dores de cabeça, alergias, náuseas e vômitos. “Dependendo do tempo de exposição, pode haver uma intoxicação aguda completamente reversível, mas também pode haver efeitos subagudos que deixarão lesões neurológicas periféricas que podem comprometer tanto a parte da sensibilidade quanto a parte motora”, explica a médica Raquel Rigotto, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).
De acordo com ela, os efeitos crônicos são mais difíceis de se identificar porque podem ser atribuídos a outros quadros clínicos, “mas vão desde infertilidade masculina, má formação congênita, abortamento precoce, recém-nascido com baixo peso, cânceres – especialmente os linfomas –, leucemias, doenças hepáticas crônicas, alterações do sistema imunológico, possibilidade de mutagênese – que é a indução de mudanças genéticas que vão resultar em processos de cânceres ou em filhos com má formaçãocongênita –, problemas de pele e respiratórios, até praticamente todas as doenças neurológicas, tanto centrais quanto periféricas. É um amplo leque de patologias”, explica.

Dor de cabeça, olhos ardendo
   Quem tem como rotina receber denúncias de trabalhadores reclamando de problemas de saúde decorrentes do manuseio de agrotóxicos é Abel Barreto, presidente do Sindicato dos Empregados Rurais de Duartina, cidade paulista localizada na região de Bauru. “Temos muita reclamação de gente que vai trabalhar na laranja e se sente mal. Eles ligam e dizem: ‘Estamos aqui trabalhando na laranja e o trator está na rua de cima passando veneno’. A maioria fala em dor de cabeça e ardor nos olhos”, relata.
Um dos casos que chegou ao sindicato de Duartina foi o das trabalhadoras Lindalva Zulian, de 38 anos, Rosimeire de Araujo, de 35, e Janaína Silva, de 25. As três trabalhavam numa fazenda de laranja no setor de inspeção, buscando localizar as plantas doentes para serem eliminadas.
Nascida em Duartina, Lindalva morou em São Paulo por muitos anos. Mas, nos últimos cinco, trabalhava em fazendas de laranja, alternando as funções de colheita e inspeção. O emprego, no entanto, rendeu-lhe problemas de saúde. Durante uma manhã do mês de junho deste ano, Lindalva e suas colegas faziam inspeção numa fazenda de laranja na cidade paulista de Espírito Santo do Turvo, quando o trator que aplica veneno passou pulverizando a mesma quadra onde as mulheres trabalhavam. “Eu comecei a ter tontura, dor de cabeça, ânsia de vomito. Comecei a chorar de tanta dor. As outras também começaram a vomitar”. Depois de muita insistência, o funcionário da fazenda atendeu o pedido de levar as mulheres ao hospital. “A dor de cabeça era demais, muita ânsia de vomito, o nariz e a boca queimavam por dentro. Falta de ar, não conseguíamos respirar. Na hora, o médico disse: ‘tira essa roupa, toma um banho, nem eu estou agüentando o cheiro de vocês’. A gente estava toda envenenada”. As mulheres ficaram três dias internadas, e, quando tiveram alta, foram dispensadas pela fazenda. “O médico falou que a gente tinha que fazer tratamento, que não podia voltar a trabalhar onde tinha veneno dentro de três meses”.
Desde então, Lindalva está sem trabalhar. “Não posso mais com o cheiro de veneno. Qualquer coisa já começa a me queimar o nariz, me dá tontura e a cabeça começa a doer. O médico disse que a gente pode ter sintoma dentro de vários anos, que pode aparecer algum tipo de doença porque fica tudo no sangue. A gente não sentiu só o cheiro, a gente inalou mesmo”.
Assim como Lindalva, Rosemeire também não voltou a trabalhar. “Não quero nem ver laranja”, diz. Já Janaína voltou para a colheita. “Não tem jeito, tenho que trabalhar. Mas até hoje eu sinto muita dor nos olhos. Nossa, quando eu forço a vista, dói para caramba”, diz, tentando segurar seu filho, que brinca com o gravador da reportagem.
Exemplo dos limites do “uso seguro” dos agrotóxicos é o trabalhador Paulo Sérgio, morador de Duartina. Aos 37 anos, muitos de corte da cana e cinco de colheita de laranja, ele teve uma experiência complicada recentemente. Contratado pela empresa de laranja Coimbra para aplicar defensivos agrícolas, no terceiro dia de trabalho, ao aplicar o veneno Temic, Paulo passou mal. “Eu estava com todos os EPIs”. Mesmo assim, os equipamentos não impediram que o trabalhador sentisse muita ânsia de vômito, aumento da salivação e dor de cabeça. “Passei no médico e ele disse que eu estava intoxicado”, conta.

Tatiana Merlino é jornalista
tatianamerlino@carosamigos.com.br

quarta-feira, 20 de abril de 2011

INTRODUÇÃO AO PAISAGISMO



Podemos definir o paisagismo como a ciência e a arte que estuda a organização do espaço exterior em função das necessidades atuais e futuras e aos desejos estéticos do homem (Studart, 1983).
O paisagismo é a arte de recriar a beleza da natureza, proporcionando paisagens bonitas e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. É uma necessidade para a sobrevivência dos habitantes das grandes cidades. O paisagismo serve para manter o equilíbrio do ecossistema destruído pelo homem em suas construções e estradas.
Praça Pública

Funções do Paisagismo:

1. Função social:
  • Como função social o paisagismo de destaca por influenciar a harmonia da população, o relacionamento ou convivência comunitária, que são favorecidos pela existência de parques e praças públicas, reunindo em suas áreas verdes diversas pessoas.
  • O ser humano busca a convivência com a natureza, integrando-a de muitas formas em sua vida cotidiana.
2. Função ecológica:
  • O equilíbrio ecológico das grandes cidades, é cada vez mais dependente do paisagismo. As áreas verdes urbanas são um ajuste para o equilíbrio ecológico.
  • O paisagismo favorece o meio-ambiente e é necessário aplicá-lo corretamente e com muita seriedade, não limitando-se a projetos meramente decorativos, promovendo o equilíbrio do ecossistema.

Normas Gerais:

No paisagismo existem regras claras a cumprir para o bom desempenho profissional. Estas regras são as seguintes:
  • Não se deve projetar nenhuma obra de paisagismo sem visitar antes o local onde será executado o projeto.
  • Não concordar com qualquer imposição da pessoa ou cliente que possa afetar a qualidade do conjunto de obras a serem executadas, evitando consequências desastrosas no futuro.
  • Projetar sempre em harmonia com o ambiente, equilibrando a forma e a cor de acordo com a paisagem local.
  • Descrever com todos os detalhes os itens do projeto, relacionando as espécies vegetais a serem utilizadas, tendo em conta o nome popular, adotado no lugar ou região, e o nome botânico universal em latim.
  • Adquirir insumos e mudas de boa qualidade.
  • Acompanhar pessoalmente a execução dos trabalhos nos jardins, supervisionando todas as atividades realizadas.
  • Realizar visitas periódicas às obras concluídas, até a consolidação final do projeto.
  • Deixar por escrito todas as instruções das atividades, cuidados e manutenções do jardim.
  • Oferecer garantia e responsabilidade técnica para a boa execução do projeto.
  • Firmar um contrato ou acordo fomal por escrito entre as partes (paisagista e cliente), para qualquer circunstância.

Relação do Paisagismo com a Natureza:

Jardim em Terreno em declive

A topografia natural dos terrenos deve ser respeitada
Foto: Mezuni
O paisagismo tem a função de auxiliar a natureza, melhorando e equilibrando o meio-ambiente alterado e poluído. Na execução do projeto de paisagismo devem ser observados os seguintes fatores:
1. Tipo de Clima: Determina as opções possíveis na seleção de plantas.
2. Topografia: Determina o traçado geral do projeto e a concordância com a paisagem natural.
3. Vegetação Nativa: Conhecer a vegetação existente da região pode indicar a fertilidade do solo. A vegetação nativa também serve como base para selecionar espécies.
4. Tipo de solo: Conhecer a composição do solo (textura, estrutura, fertilidade) para prever as técnicas e insumos que serão utilizados na sua preparação. Também serve para determinar as espécies de plantas a serem utilizadas.
5. Ventos Predominantes: Permite determinar a localização mais provável para as espécies.
6. Atividades Principais: Conhecer as principais atividades desenvolvidas na área e o público alvo do jardim, considerando as necessidades do local ou região e a posterior necessidade de manutenção.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS :ALTERNATIVAS VIÁVEIS


O crescimento do mercado mundial de fitoterápicos é estimado em 10% a 20% ao ano e as principais razões que impulsionaram esse grande crescimento nas últimas décadas foram: a valorização de uma vida de hábitos mais saudáveis e, conseqüentemente, o consumo de produtos naturais; os evidentes efeitos colaterais dos medicamentos sintéticos; a descoberta de novos princípios ativos nas plantas; a comprovação científica de fitoterápicos; e o preço que, de maneira geral, é mais acessível à população com menor poder aquisitivo. Além disso, o desenvolvimento de um medicamento sintético custa em torno de US$ 500 milhões, caindo para US$ 50 milhões no caso de um fitoterápico, que pode chegar ao mercado num tempo dez vezes menor.

A estimativa do mercado mundial para medicamentos é de US$ 300 bilhões/ano, sendo US$ 20 bilhões derivados de substâncias ativas de plantas medicinais. Já a estimativa do mercado nacional de medicamentos é de aproximadamente US$ 8 bilhões/ano, com os derivados de plantas medicinais correspondendo a US$ 1,5 bilhão desse total.

Portanto, não fica difícil entender por que cresce diariamente o interesse de empresas, grupos e países desenvolvidos na biodiversidade dos países tropicais e subtropicais. Particularmente a Amazônia, que tem cerca de 50 mil espécies de plantas (20% de todas as existentes no planeta e apenas aproximadamente 2% já estudadas), é um grande alvo para ser fornecedora de matéria-prima na produção de antibióticos, antiinflamatórios, diuréticos, analgésicos, laxantes, antidepressivos, anti-hipertensivos, entre outros.

No Brasil, o aumento acentuado do consumo de fitoterápicos ocorre basicamente pelos mesmos motivos do restante do mundo. Contudo, existe atualmente um maior número de profissionais envolvidos nos mais diversos trabalhos com plantas medicinais e/ou fitoterápicos, seja na pesquisa, fomento ou difusão. Outro motivo de suma importância são os programas oficiais de saúde, implementados por muitos governos estaduais e municipais, como as ações desenvolvidas nos Estados do Ceará e Paraná. Esses programas vão muito além da simples distribuição de fitoterápicos ou recomendação de uso para a população mais carente desses estados/municípios. Procuram também incentivar o cultivo e produção extrativa sustentável de plantas medicinais. Dessa maneira, também são criadas alternativas econômicas para as comunidades rurais, que a cada dia perdem o poder de competitividade diante da chamada “economia globalizada”.
No Acre, um programa municipal ou estadual com plantas medicinais/fitoterapia oficial tem tudo para obter êxito, por muitas razões, mas a principal é a grande quantidade e variedade de matéria-prima disponível. Para que isso ocorra, deve-se ter a consciência da necessidade da multidisciplinaridade envolvida nas ações previstas para um programa como esse, pois, sem haver uma complementação das várias áreas de especialização, torna-se impossível a execução das atividades. Conseqüentemente, a multiinstitucionalização também é fundamental.
Dentro desse contexto, desde 2000, a Embrapa Acre vem desenvolvendo trabalhos de pesquisa com espécies medicinais de ocorrência natural no Estado, como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa e U.guianensis), andiroba (Carapa guianensis) e murmuru (Astrocaryum spp.). Entre as ações desenvolvidas, destacam-se a localização e identificação de populações naturais; os estudos do comportamento, crescimento e desenvolvimento dessas espécies, em áreas de ocorrência natural; e os estudos de propagação.
Portanto, com objetivos bem definidos, é possível construir uma estrutura eficiente, capaz de melhorar a qualidade de vida das populações tradicionais do meio rural e assegurar as necessidades básicas de saúde para toda a população do meio urbano. Para isso, as seguintes ações devem ser desenvolvidas: avaliar o potencial medicinal e definir estratégias para a conservação e exploração das espécies nativas; incentivar o cultivo e coleta de forma sustentável; viabilizar a utilização de plantas medicinais ou fitoterápicos nos postos de saúde dos municípios; além de realizar uma ampla campanha de divulgação nas escolas e nas comunidades em geral, onde esteja sendo executado um programa de plantas medicinais/fitoterapia.

1 e 2Eng. agrôn., Pesquisadores da Embrapa Acre

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ENERGIAS RENOVÁVEIS

                              ENERGIAS RENOVÁVEIS  
                       
    A energia renovável é aquela que é obtida de fontes naturais capazes de se regenerar, onde consideravelmente sua produção é maior que o seu consumo sendo, portanto, praticamente inesgotáveis, como por exemplo:
• O Sol: energia solar
• O vento: energia eólica
• Os rios e correntes de água doce: energia hidráulica
• Os mares e oceanos: energia mareomotriz
• A matéria orgânica: biomassa
• O calor da Terra: energia geotérmica
  Essas energias renováveis são consideradas como "alternativas" ao modelo energético tradicional, pela sua disponibilidade, por não precisar de milhares de anos para sua formação como é o caso dos combustíveis fósseis, pelo menor impacto ambiental.

Eis algumas características dos tipos de energias renováveis:
Energia Solar – O sol sempre foi uma fonte de energia de onde utilizamos seu calor. As plantas usam a luz do sol para produzir alimento e os animais alimentam-se delas. Pode ser aproveitada de diversas formas através de diversos tipos de conversão.
Energia Eólica – A energia cinética dos ventos é uma fonte de energia que pode ser transformada em elétrica e mecânica. São as formas de produzir força através dos ventos. Os cata-ventos e embarcações a vela, por exemplo, são formas bastante antigas de seu aproveitamento.
Biomassa - a energia química, produzida pelas plantas através da fotossíntese. É distribuída e armazenada nos corpos dos seres vivos graças a grande cadeia alimentar, onde a base primária são os vegetais. Plantas, animais e seus derivados são biomassa. Sua utilização como combustível pode ser feita das suas formas primárias ou derivados: madeira bruta, resíduos florestais, excrementos animais, carvão vegetal, álcool, óleos animal ou vegetal, gaseificação de madeira, biogás etc.
Hidroenergia - energia cinética das massas de água dos rios, que fluem de altitudes elevadas para os mares e oceanos graças à força gravitacional. Este fluxo é alimentado em ciclo reverso graças à evaporação da água. A hidroenergia também pode ser vista como forma de energia potencial; volume de água armazenada nas barragens rio acima.

Benefícios na utilização das energias renováveis:

   A utilização das energias renováveis em substituição aos combustíveis fósseis é considerada direção viável e vantajosa. Além de serem praticamente inesgotáveis já nos é provado do baixo custo dessas energias para o meio ambiente, cujos impactos têm sido freqüentes. Graças aos diversos tipos de manifestação, disponibilidade de larga abrangência geográfica e variadas possibilidades de conversão, as renováveis são bastante próprias para geração distribuída e ou autônoma.
   Vale ressaltar que o desenvolvimento das tecnologias para o aproveitamento dessas energias poderá beneficiar comunidades rurais propiciando a melhoria da qualidade de vida das famílias. Isso certamente diminuirá o êxodo rural e a má distribuição da renda.

                                                                    Fonte:http://www.agroecologia.inf.br/secoes.php?vidcanal=25

quinta-feira, 7 de abril de 2011

HORTA ORGÂNICA

  
Construir uma horta é bastante fácil, prazeiroso e de baixo custo. Seus produtos são muito importantes para a alimentação da família, além da grande procura em decorrência das pessoas não quererem mais consumir os agrotóxicos que se encontram nas verduras e hortaliças convencionais.
 Para ter uma horta orgânica basta apenas escolher um lugar adequado, não muito distante da casa ou mesmo no quintal ou espaços menores. Tem gente que produz até em terraços e balcões nas cidades, o que é chamado de Agricultura urbana. A única preocupação que se deve ter com o espaço escolhido é que o mesmo deve ser arejado e iluminado, para o bom desenvolvimento das plantas.
  Torna-se necessário pensar na diversidade das culturas que se relacionam com harmonia e colocar algumas que desempenham papéis fundamentais no controle biológico de pragas, que sejam de fácil cultivo, com ciclos curtos, além de populares e saborosas. E adotando os princípios agroecológicos tudo isso fica mais equilibrado.
  Junto com as hortaliças podem se plantar ervas medicinais e temperos ou ervas aromáticas. Precisando somente precisa de água, e se a área é um pouco maior o trabalho pode ser facilitado com sistemas muito simples de irrigação.
  Para proceder ao cultivo da hortinha, os cuidados com o solo são muito importantes, pois ele é um ser vivo com recursos esgotáveis. Por isso, o ideal é que faça cobertura morta a fim de conservar suas condições físicas e biológicas, e adubação orgânica, pois a matéria que é decomposta no solo constitui a principal fonte de nutrientes para as plantas
Bom, como foi dito fazer uma horta orgânica não tem segredo e se pode utilizar os mais variados espaços, embalagens e recipientes, basta gostar de se relacionar com a natureza, e enriquecê-la com as mais variadas hortaliças, ervas medicinais, plantas defensivas, enfim, a ornamentação fica por conta do conhecimento e criatividade de quem a manuseia.