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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rotação de culturas no sistema plantio direto

  Entende-se como Rotação de Culturas a alternância regular e ordenada no cultivo de diferentes espécies vegetais em seqüência temporal numa determinada área. Com o avanço do Sistema Plantio Direto (SPD) com qualidade, torna-se obrigatória a adoção da estratégia em que a rotação se constitui em elemento imprescindível para a sustentabilidade do Sistema.
  O SPD com qualidade exige planejamento da sequência de culturas no tempo e espaço e, desse modo, as bases para transformação dos sistemas de produção incluem a viabilização de modelos que se adaptem às diferentes regiões agrícolas.
  A sequência de diferentes culturas assegura um balanço positivo da matéria orgânica do solo, melhor controle de plantas daninhas, menor ocorrência de pragas e doenças e nestas condições, as culturas têm maior disponibilidade de nutrientes, significando potencialização da produtividade e estabilidade da produção.
  Um importante componente a ser considerado como limitante ao uso da rotação de culturas diz respeito ao pragmatismo do produtor rural, que é o de avaliar somente os resultados de uma safra isolada, perdendo assim a oportunidade de entendimento do sistema como um todo, além da não observação detalhada dos efeitos favoráveis da rotação de culturas no solo e, principalmente, ao longo do tempo, na racionalização do uso dos insumos e consequentemente na diminuição dos custos de produção.
  Na escolha das espécies do sistema de rotação de culturas é importante considerar as vantagens que as mesmas podem promover para o aumento do carbono orgânico no solo, diminuição de perdas de água do sistema, armazenamento de água, supressão de invasoras, descompactação, agregação do solo, suprimento de nitrogênio e reciclagem de nutrientes, diminuição de pragas e doenças entre outros.
  Para elaboração do plano de rotação de culturas é necessário o conhecimento detalhado do histórico da área, dos aspectos físicos, químicos e biológicos do solo e do rendimento das culturas.
  As espécies a serem incluídas na rotação deverão ser criteriosamente selecionadas de acordo com as condições ambientais, necessidades e aspectos específicos do solo, dos cultivos posteriores e também do interesse do produtor quanto à diversificação do sistema.

Engenheiro Agrônomo Eduardo Copetti
Fonte:http://www.diariodamanha.com/noticias.asp?a=view&id=2990

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Consumo de vegetais reduz o risco de câncer gástrico

   O consumo de níveis elevados de vegetais allium (cebola, alho, cebolinha, alho-poró, etc ) reduz o risco para o risco de câncer gástrico, aponta um estudo que será publicado em breve no periódico Gastroenterology. Zhou et al. (no prelo) avaliaram o efeito quimiopreventivo dos vegetais supracitados.
   Os cientistas realizaram um estudo do tipo meta-análise, na busca por pesquisas de coorte e de caso-controle para analisar a possível associação entre o consumo desses produtos e o risco para câncer gástrico. Os autores incluíram em sua revisão estudos realizados desde 1 de janeiro de 1966 até 01 de setembro de 2010. Foram analisados um total 19 estudos de caso-controle e dois estudos de coorte, que contou com 543.220 pessoas.
   Na uma análise conjunta de todos os estudos, o consumo de grandes quantidades de vegetais da família Allium, em comparação entre o consumo dos grupos de maior e menor ingestão, reduziu o risco de câncer. Esta meta-análise, embora forneça fortes evidências de que o aumento do consumo de vegetais Allium está associado com risco reduzido de câncer gástrico, devido à confusão potencial e erro de classificação do consumo, estes resultados devem ser considerados com cautela.
Referência
Yong Zhou, W. Z. et al.. Consumption of Large Amounts of Allium Vegetables Reduces Risk for Gastric Cancer in a Meta-Analysis. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Feijão-de-corda pode ser alternativa para tratamento do câncer de mama

Molécula encontrada no grão mata células cancerígenas sem agredir células sadias

 Pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília descobriram no popular feijão-de-corda uma nova alternativa para o tratamento do câncer de mama. Estudo conduzido pela pesquisadora Sônia de Freitas em parceria com o professor Ricardo de Azevedo, do Departamento de Morfologia, mostra que uma molécula encontrada naquele grão, chamada BTCI, mata células cancerígenas sem agredir células sadias. A observação foi feita na dissertação da aluna Graziella Joanitti que realizou testes in vitro, com a presença de BTCI em uma baixa concentração (400 micromolar).
  Resultado de oito anos de estudos com a BTCI (black eyed-pea Trypsin Chymotripsin inhibitor), no futuro, a descoberta pode garantir um tratamento com menos efeitos colaterais que os adotados atualmente, como a radioterapia e a quimioterapia, tratamentos que não são tão seletivos e podem causar a morte de células sadias.
– Por ser um produto natural ele pode ser uma alternativa com menos efeitos colaterais – afirma Sônia.
  A doença acomete 49 mulheres em cada 100 mil no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer.
  A BTCI é de uma classe de substâncias importantes em diversos eventos celulares, como resposta na infecção por bactérias e fungos e na coagulação. Sônia explica que o câncer regride porque a BTCI causa a fragmentação do DNA das células doentes, altera a integridade da membrana e do núcleo e cria estruturas que digerem o conteúdo das células, como os lissosomos e os autofagosomos.
  Os estudos mostram ainda outras propriedades importantes da molécula. Ela inibe a atividade de três enzimas, tripsina, caspase e a quimotripsina-like do proteassoma, um complexo de proteína que está relacionado à regulação do ciclo celular, tema de dissertação da aluna Larissa Souza.
– O proteassoma é peça fundamental na divisão de células cancerígenas – esclarece Sônia.
  A pesquisadora estima que serão necessários pelo menos quatro anos para realizar estudos clínicos. Como se trata de uma molécula de alta estabilidade, a BTCI pode ser facilmente administrada, inclusive por via oral. Uma coletânea dos estudos sobre a BTCI, que contou com apoio de diversos pesquisadores, foi apresentada no 1º seminário de medicina translacional, realizado na UnB no começo deste mês.
História
  Um dos principais pontos para o sucesso da pesquisa foi o profundo conhecimento adquirido em 40 anos de pesquisa do professor emérito da UnB, Manuel Mateus Ventura. Vindo de Fortaleza, capital do Ceará, ele trouxe o conhecimento sobre o feijão-de-corda e criou a pós-graduação de Biologia Celular da UnB, onde estudou a BTCI junto com Sônia, que hoje coordena o laboratório.
 De acordo com a pesquisadora, este conhecimento proporcionou um estudo aprofundado.
– É uma pesquisa vertical. Iniciou-se com a purificação e a caracterização da molécula e hoje já estamos com a estrutura atômica, obtida a partir de dados do cristal da proteína coletados no Laboratório Nacional de Luz Sincroton, em Campinas – diz Sônia.
  Ela explica que, ao conhecer a estrutura da molécula, pode-se predizer mecanismos celulares e consequentemente a função biológica destes.
  Alunos de doutorado e mestrado continuarão o estudo. Um deles, em colaboração com Ricardo Bentes e a aluna Graziella Joanitti, investiga a ação da molécula encapsulada em camundongos com câncer. Outro, em colaboração com Luciano Paulino, Marcelo Bemquerer e Manasses Fonteles, estuda a ação do BTCI em relação à hipertensão.